Dedoches e Boneco do Rei Congo
segunda-feira, 27 de agosto de 2012
quinta-feira, 16 de agosto de 2012
terça-feira, 29 de maio de 2012
Projeto Kit Didático
A proposta do kit didático pode ser considerada como uma pré-visita à Sala Didático-Expositiva, e também uma forma de levar o museu para além de seus muros, até as escolas, e consequentemente aproximar o público de nosso acervo e de nossa instituição. Cada Caixa Didática é
elaborada seguindo um tema, dentro deste tema, é elaborado um texto de apoio
para que o professor conduza a apresentação da caixa. Além do texto de apoio, a
caixa segue com um catálogo das peças apresentadas bem como algumas propostas de
atividade para os alunos. Caberá ao professor escolher aquela que mais se encaixa ao
perfil de seus alunos. (Em tempo, cabe observar que o professor tem toda a
liberdade de criar outras atividades para além daquelas que estamos propondo.)A solicitação de empréstimo das caixas pode ser feita por telefone, e-mail ou pessoalmente. Recomendamos telefonar antes para verificar a disponibilidade das Caixas, bem como para agendar sua retirada.
SERVIÇO:
Sala Didático-Expositiva do MAE
Rua XV de Novembro, 695- Subsolo
Fone: (41) 3310-2754 (2ª. a 6ª. das 9:00 às 12:00 e das 13:30 às 18:00)
E-mail: educativa.mae@ufpr.br
Temas disponíveis no
momento para empréstimo em Curitiba:
Apresenta o trabalho de
um arqueólogo e os variados tipos de vestígios arqueológicos encontrados no
Litoral Paranaense, em diferentes períodos, com ênfase principal nas
particularidades do Sambaqui. Nesta proposta, os alunos são levados a brincar
de pequenos arqueólogos, procurando organizar o material encontrado de acordo
com os diferentes períodos e os materiais de que são feitos, e os períodos
históricos a que pertencem. Nesta atividade, se apropriarão de conceitos tais
como escavação, datação de materiais, técnicas e manufatura de materiais
líticos, dentre outros.
Nos
tempos da Vovó – Área temática Cultura Popular
Esta caixa temática
procura trabalhar com os alunos o conceito de Cultura Popular, não como um
conjunto de manifestações culturais e saberes distantes de nós, mas como aquilo
que faz parte de um passado não tão distante, que ainda podemos tocar, através
da vivência e das histórias contadas por nossas avós, ou, quem sabe, por aquilo
que ainda encontramos em nossas próprias casas. Assim, a Caixa ‘Nos tempos da
Vovó’ apresenta um conjunto de peças ligadas ao mundo do trabalho, em tempos em
que as pessoas precisavam, por exemplo, usar uma lâmpada de azeite, no lugar da
luz elétrica, ou escreviam com uma pena no lugar da caneta esferográfica.
Dentro das propostas de atividade, a caixa propõe que cada aluno traga um pouco
desse passado de suas avós para dentro da sala de aula, seja convidando uma
anciã a contar um pouco de si, seja trazendo um objeto que pertence à sua
família há gerações.
Alimentação
– Área temática Etnologia Indígena
Esta caixa apresenta a
obtenção e preparo de alimentos sob a perspectiva indígena, discutindo, além
disso, a alimentação como um ciclo que passa pelo reaproveitamento daquilo que
‘sobra’ da alimentação (penas, ossos, dentes, sementes, etc) para a confecção
de adornos. Nesse sentido, a Caixa também convida o aluno a pensar sobre o
desperdício e a produção de lixo da sociedade Ocidental a que pertencemos, e no
quanto esse modelo socioeconômico tende ao colapso em função de seu
desequilíbrio.
Adornos
– Área temática Etnologia Indígena
A Caixa Adornos
apresenta uma discussão que leva o aluno a pensar o qual diferentes ou iguais
somos em relação a outros grupos, como, por exemplo os grupos indígenas.
Afinal, ‘lá e cá’, encontramos pessoas que usam alargadores de orelhas, que
fazem escarificações e outros tipos de modificações corporais. A diferença,
talvez, resida apenas no significado sociológico dado a esses usos nas
sociedades Ocidental e Indígena. Afinal, aquilo que, para ‘nós’ pode ser considerado
como um símbolo de transgressão como um alargador de orelha, para um indígena
pode ser considerado um sinal de sabedoria, de alguém que sabe muito, porque
ouve muito e, portanto é digno de respeito.
Brinquedos
Populares – Área temática Cultura Popular
A proposta desta caixa
é explorar a construção de brinquedos de criança que cada vez mais têm se
tornado raros, em tempos nos quais as brincadeiras infantis cada vez mais se
tornam atreladas à compra de produtos industrializados que, não raro, são praticamente
descartáveis. Assim, a Caixa contém brinquedos como peteca, fantoche, jogo da
memória, dentre outros, e, como grande ‘vedete’ deste conjunto, apresentamos o
‘Jogo da Onça’, um jogo de estratégia, de origem indígena.
Padrões
de Beleza – Área temática Etnologia Indígena
Há um único padrão de
beleza? Todas as pessoas do mundo gostam das mesmas coisas? Todas as pessoas do
mundo julgam acham bonitas as mesmas coisas? Como eu faço se não me encaixo
dentro do padrão dominante? Essas e outras perguntas são discutidas através
dessa caixa, que apresenta peças utilizadas por diferentes etnias indígenas,
apresentando seus ideais de beleza, situando para os alunos que, na verdade,
assim como existe uma diversidade de povos, existe também uma diversidade de padrões
diferentes. Além disso, fazendo uma análise da Sociedade Ocidental, a Caixa
apresenta as grandes mudanças históricas que o belo sofreu ao longo dos
séculos, e como, cada vez mais, a Beleza é influenciada pela indústria
cultural, que dita e, principalmente vende o que deve ser considerado bonito.
Paraná
na Caixa – Áreas temáticas: Etnologia Indígena e Cultura Popular
Esta Caixa nos convida
a um passeio pelo Paraná plural, no que tange aos muitos povos que constituem
esse Estado, através das manifestações culturais, da alimentação, das
tradições, etc. Assim, a Caixa apresenta peças e informações sobre as três
etnias indígenas presentes no Estado, Guarani, Xetá e Kaingang, elementos de
festividades da Cultura Popular como a Congada da Lapa, o Fandango Paranaense,
dentre outros, convidando os alunos a trazerem para a sala de aula elementos
tradicionais de sua comunidade ou de sua família, como receitas, lendas,
músicas, dentre outros, incluindo-o assim na formação da diversidade que faz o
nosso Estado.
quarta-feira, 9 de maio de 2012
Capacitação de monitores
Nos dias 08 (terça) e 09 (quarta) de maio, foi ministrada na Sala Didático-expositiva do MAE-UFPR a capacitação de monitores. Visando um maior contato com os conhecimentos relativos a cada área e uma melhor possibilidade de adaptar a transmissão desses conhecimentos para os diversos públicos, nossos profissionais e bolsistas dedicaram os últimos dias ao aprimoramento desta que é uma importantíssima frente de atuação de nosso projeto de ações educativas e inclusivas. No primeiro dia, tivemos as falas de Sady Carmo Jr., responsável pela arqueologia, e ms. Andréia Baia Prestes, coordenadora das ações educativas. No segundo dia, contamos com as explanações da Prof.ª Dr.ª Laura Pérez Gil, responsável pela área de etnologia, e da Esp. Bárbara Bueno Furquim, responsável pela área de cultura popular e patrimônio.
Sady e bolsistas. Explanação sobre a constituição do campo arqueológico. |
Sady prestou uma série de esclarecimentos acerca do trabalho arqueológico: desambiguações quanto à paleontologia e à "caça a tesouros" que por vezes o público infantil tende a confundir, o que constitui a arqueologia, seu objeto de pesquisa (e o papel dos objetos em sua construção), seu diálogo com diversas áreas e disciplinas, o que constitui um sítio arqueológico e o que defrontamos num sítio arqueológico, como se constrói a pesquisa arqueológica e os procedimentos e métodos adotados nas diversas etapas de pesquisa, do planejamento à divulgação dos resultados. Além de ter fornecido uma série de informações sobre os povos dos Sambaqui e os Tupiguarani, presença principal em nosso espaço expositivo.
Andreia e Sady explanando quanto à adequação de linguagem científica para o público escolar. |
Andréia apresentou as principais propostas e objetivos das ações educativas, a atuação junto a escolas, o projeto dos kits didáticos que visa levar o acervo museológico para o interior das escolas enquanto material pedagógico. Fez explanações sobre os diversos painéis fotográficos incorporados à exposição e às possibilidades de interação com o público que estes colocam. Introduziu também, de forma pedagógica, uma fala sobre as diversas formas de exposição e da possibilidade da adaptação da linguagem e da dinâmica expositiva aos mais diversos públicos, sobretudo no que tange ao trato com portadores de necessidades especiais. Além disso, nos deu explicações gerais sobre a monitoria, que segundo a mesma (e boa parte de nossa equipe), deve ser regida por quatro princípios: conhecimento (domínio sobre os contextos e significados dos objetos expostos), humildade (reconhecer a eventual falta de resposta ou informação frente a um/a visitante, e a possibilidade de obtenção de esclarecimentos num momento posterior ou junto a outros membros da equipe), bom senso (quanto ao ritmo e interesse do público visitante e adequar a linguagem de modo a tornar a exposição mais atraente) e respeito (esclarecer eventuais dúvidas ou desconstruir eventuais preconceitos sem o constrangimento do/a visitante).
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Laura e bolsistas em discussão acerca da pluralidade ontológica que permeia as sociedades indígenas |
A professora Laura, para além das explanações sobre as diversas etnias indígenas e sua relação com os objetos hoje incorporados à exposição (portanto, pensados de forma bastante diferente do contexto inicial), que foram orientadas com base nos conhecimentos prévios e didáticas adotadas pelos próprios responsáveis pelas monitorias, sugeriu a incorporação à didática de exposição de discursos e traços que permitam pensar não "o índio", uniforme e homogêneo como por vezes é pensado por algumas pessoas, mas as etnias indígenas em todos aqueles traços que as fazem singulares, seus processos de interação com a "sociedade nacional" e suas próprias óticas acerca desses processos de interação, a desconstrução de conceitos etnocêntricos que por vezes possam surgir, suas relações singulares com aquilo que chamamos de "corpo", "sociedade", "natureza", "espíritos", "alteridade", as diferenças e semelhanças que existem entre a forma como "nós" enxergamos essas relações e a forma como "eles" enxergam, o que é o "eu" e o "outro" pensado quanto a uma realidade tão próxima, mas por vezes enxergada como tão distante.
Bárbara: Saberes, fazeres e celebrares em toda sua potencialidade transformativa. |
Bárbara fomentou pensar junto ao público escolar o espaço da cultura popular como o espaço para se pensar as tradições, sugerindo que se coloque as tradições em toda a sua potencialidade transformativa e ressignificação ao longo do tempo-espaço sem que se possa conceber como uma "perda"- tomou o exemplo das adaptações tecnológicas que modificam um objeto sem descaracterizá-lo, como se pode observar em algumas das peças que integram a exposição. Perpassou o universo dos diversos saberes (transmitidos no universo doméstico através das gerações e ressignificados no interior do espaço-tempo), fazeres (expressões práticas dos conhecimentos apreendidos) e celebrares (através de folguedos de fé, magia e/ou ludicidade diretamente ligados aos aprendizados e modos de fazer), sempre pensando a possibilidade de traçar paralelos com a realidade do próprio público e pensar a forma como realidades tão diversificadas podem fazer e fazem parte do nosso cotidiano.
Vale ressaltar que o todo trabalho foi norteado de modo a pensar o espaço do museu para além dos objetos e conhecimentos vinculados, como um espaço para trabalhar ideias e visões de mundo, mesmo dos próprios visitantes, possibilitando a desconstrução de preconceitos e um tratamento mais próximo e flexível com as diferenças. Sobretudo quanto a crianças e jovens em idade escolar, nosso público mais expressivo, para o qual um aprendizado deste tipo pode ser tão enriquecedor.
sábado, 5 de maio de 2012
Diversidade e aprendizagem: A visita do colégio Vivian Marçal
Alunos em oficina de modelagem em argila |
Nos últimos dias 03 (quinta) e 04 (sexta), tivemos em nosso espaço a visita da Escola Vivian Marçal, escola de educação especial voltada ao público portador de deficiência física motora e deficiências múltiplas secundárias a patologias neurológicas. Atendemos a uma turma de cerca 20 alunos, com circuito expositivo adaptado e oficinas de modelagem em argila.
O contato com a escola se deu através da visita da professora Bíbia Cecato à sala didátiico-expositiva. Ela disse-nos estar em busca de um espaço em que os alunos pudessem ter acesso a um ambiente de interação para além das salas de aula. Em nossa primeira conversa, mencionamos as dificuldades por vezes encontradas em conseguir espaços onde os alunos possam ter tais contatos, em virtude da pouca adaptabilidade do contexto urbano à parcela cadeirante da população (como no caso de uma visita ao cinema, não concretizada pois havia espaço para apenas quatro cadeiras), e ao enriquecimento que esse tipo de experiência propicia aos estudantes.
Estudantes em circuito expositivo |
sexta-feira, 4 de maio de 2012
Convite: Conhecendo o MAE
Apresentação
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MAE- Paranaguá (Colégio Jesuíta) |
O Museu de Arqueologia e Etnologia da UFPR (MAE –
UFPR) foi fundado em 1962. Seu acervo é constituído por aproximadamente 70.000
peças. Fazem parte do acervo peças oriundas de escavações arqueológicas, como
urnas, peças de sambaqui, fragmentos de cerâmica e ossos, objetos
confeccionados por artesãos populares, peças utilizadas em festividades laicas
e religiosas, objetos utilizados na feitura de alimentos, instrumentos
musicais, cestaria e cerâmica indígena, máscaras indígenas, fotografias, filmes
e documentos, entre outros objetos.
Visita guiada |
A sede expositiva do MAE fica em Paranaguá, e ocupa um prédio histórico que
já foi utilizado como Colégio Jesuíta, praça do exército, entre outras funções.
Desde sua criação em 1962 o MAE está ocupando o prédio.
Em Curitiba está sediada a Reserva
Técnica do MAE (campus Juvevê) e também a Sala Didático Expositiva, no prédio
central da Universidade (Praça Santos Andrade), que abriga uma exposição
permanente do rico acervo tutelado por nosso museu, o qual se divide em 04
grandes áreas: Arqueologia, Etnologia, Cultura Popular e Unidade de
documentação textual, sonora e visual.
Além das Exposições permanentes e
itinerantes, o MAE promove oficinas em seus espaços, voltadas em especial ao
público infanto-juvenil, e destinadas a estabelecer uma maior interação entre o
público e o conteúdo expositivo.
As caixas educativas são o carro-chefe das Ações Educativas e Inclusivas realizadas pelo MAE-UFPR. Seu objetivo é levar o acervo do museu para fora de seus muros, possibilitando um maior acesso às peças. Através das caixas, alunos da educação fundamental e média poderão ter um primeiro contato com o acervo, incentivando a visitação ao museu.
Dentro de cada caixa há peças do especialmente escolhidas para a proposta, material de apoio e atividades lúdicas com fundo didático, elaboradas com base no acervo do MAE. A ideia é que, fazendo uso didático do material das caixas, o professor traga aos alunos uma perspectiva do tema de que trata a caixa.
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Boneca Karajá incorporada à caixa "Padrões de Beleza" |
Portanto, a Caixa Didática é oferecida como um material de apoio ao professor para que, através dele, possa ministrar temas do currículo escolar obrigatório, de forma criativa e interessante, assim possibilitando maior interação com os estudantes. Além de um texto de apoio para o professor, cada caixa contém algumas sugestões de atividades em sala, bem como outras extra-classe, ficando a critério do professor a escolha da melhor dinâmica para trabalhar com seus alunos.
Procuramos escolas e professores parceiros interessados nesta proposta. Para agregar-se ao projeto, basta que a escola e seu corpo docente tenha interesse em despender um pouco de seu tempo e envolver os alunos nesta rica experiência.
Os temas dos Kits obedecem às áreas temáticas do MAE, havendo, portanto, Caixas com os temas da Arqueologia, Etnologia Indígena e Cultura Popular, e podem ser utilizadas em aulas de história, geografia, português, artes, teatro, ciências sociais, e um vasto etcetera, a depender do interesse e criatividade dos professores envolvidos.
Da escola para o museu: Visitas Guiadas
O espaço da Sala Didático-Expositivo do MAE está voltado para receber o público escolar, realizando visitas guiadas com monitoria treinada para a apresentação de nosso conteúdo expositivo. Além disso, são realizadas oficinas lúdico-pedagógicas, com temas que procuram dialogar e aproximar a exposição dos visitantes.
Grupo de alunos observando os ornamentos corporais indígenas |
Escolas e professores interessados em realizar visitas devem fazer agendamento com antecedência mínima de uma semana, através dos contatos: (41) 3310-2754, ou pelo e-mail: educativa.mae@ufpr.br.
Oficinas Temáticas
A primeira proposta de oficina foi baseada no dia 19 de abril, quando se comemora o “Dia do Índio”. Outras oficinas se realizarão em junho (em comemoração do Dia Internacional da Criança, 01/06), em agosto (22/08, Dia Nacional do Folclore), e em novembro (20/11, Dia Nacional da Consciência Negra). Em cada data, se trabalhará uma atividade especial, com o objetivo de vivenciar a data em questão.
Procuramos, neste momento, escolas interessadas em participar dessas Oficinas, que se realizarão em nosso espaço expositivo da Praça Santos Andrade, e serão oferecidas sem custo para as escolas, que apenas precisarão arcar com a responsabilidade do deslocamento dos alunos no trajeto entre a escola e o museu.
Maiores informações e empréstimo de Kits Didáticos, bem como agendamento de Visitas Guiadas ou adesão às Oficinas Temáticas poderão ser feitas através do telefone: 3310-2754, ou pelo e-mail: educativa.mae@ufpr.br
Contato
Maiores informações e empréstimo de Kits Didáticos, bem como agendamento de Visitas Guiadas ou adesão às Oficinas Temáticas poderão ser feitas através do telefone: 3310-2754, ou pelo e-mail: educativa.mae@ufpr.br
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